A prefeitura de Itabaiana, através da Secretaria de Desenvolvimento Social do município e Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres, está buscando melhorias no que se refere ao apoio as mulheres, partindo do principio que é preciso observar com maior atenção os recorrentes casos de agressões domésticas e feminicídio no Brasil e especial na região serrana.

Em entrevista a rádio Capital do Agreste na manhã desta segunda-feira (21), a advogada e membro da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher (CCDM) da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Sergipe, Rayane Kismary de Jesus Cruz Santos, falou sobre as ações que estão sendo desenvolvidas para que as mulheres possam ter amparo legal.
“Existe o projeto informar para empoderar da Coordenadoria da mulher, seria a questão da prevenção. Na verdade, existe um projeto de autoria da delegada Dra Josefa, chamado Maria da Serra, mas ele engloba todos os tipos de violência contra a mulher”, disse.

CONHECIMENTO

Ainda durante a entrevista, Rayane explicou as diferenças existentes quando no momento em que a mulher se sente constrangida e por ventura agredida.” Existem diferenças, por exemplo, as pessoas costumam confundir agressão, um tapa, popularmente falando, com feminicídio. Um ocasiona o outro, mas a agressão não se caracteriza como feminicídio”, explicou.

E além disso, segundo a advogada, existem fatores externos e internos, principalmente dentro da conjuntura familiar que contribuem para o desfecho do feminicídio. “Em muitos casos a mulher presta queixa e ela mesmo retira, isso de forma sucessiva. Outro ponto é a submissão histórica, onde muitas famílias repudiam a separação. E aí vem o fator principal: o machismo. As mulheres que se sentirem ofendidas devem procurar o número 180, que é a Delegacia em Defesa da Mulher”, explicou.