A assistência dada às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em Itabaiana foi destaque no XXXVII Conasems, o maior evento de saúde pública da América do Sul. O evento é organizado pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde e está sendo realizado em Goiânia.

A equipe da Secretaria Municipal de Saúde apresentou o trabalho “Fluxo de Assistência e Atendimento Ambulatorial Multiprofissional aos casos de TEA em Itabaiana”, programa que tem o objetivo de realizar o atendimento multiprofissional articulado para os casos de crianças com diagnóstico ou suspeita da doença. O trabalho está concorrendo ao prêmio “Mostra Brasil Aqui tem SUS”, do Governo Federal.  

De acordo com Adriana Figueiredo, assessora técnica da Saúde, a secretaria tem  buscado alternativas para atender a alta demanda, frente ao aumento dos casos em todo o país. “Os casos de crianças com diagnóstico de TEA tem aumentado em todos os municípios e as secretarias municipais estão buscando alternativas para dar conta dessa demanda, uma vez que não existe uma política de financiamento específica estabelecida a nível estadual e federal. A organização do serviço e a estratificação do risco ajuda a dar conta desta demanda crescente”, explicou. 

Para José Suelton, secretário de Saúde, o momento foi uma oportunidade de compartilhar experiência e buscar novas ideias para aprimorar o atendimento realizado em Itabaiana. “Compartilhar nossa experiência com outros municípios, bem como ouvir outras experiências na área, vai ajudar todas as secretarias do país a encontrar uma melhor saída para a situação”, disse Suelton.

O Congresso teve como tema “O SUS que Falta no Brasil” e contou com a participação de representantes das três esferas de governo para discutir e disseminar conceitos e práticas voltados à qualificação da gestão do Sistema Único de Saúde – SUS.

Objetivos do programa “Fluxo de Assistência e Atendimento Ambulatorial Multiprofissional aos casos de TEA em Itabaiana”:

• Organizar o fluxo de atendimento intersetorial para os casos suspeitos ou diagnosticados de TEA;
• Cadastrar casos identificados pela rede de assistência de crianças com suspeita ou diagnóstico de TEA no município;
• Realizar o atendimento médico em neuropediatria para os casos identificados suspeitos;
• Efetivar o atendimento multiprofissional em fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicologia para os casos identificados, auxiliando no desfecho diagnóstico e/ou realizando o acompanhamento ambulatorial;
• Encaminhar os casos graves para o acompanhamento no Centro de Especialidades em Reabilitação (CER IV).